Oi, tudo bem?
Você não me conhece e, na verdade, eu
também não te conheço. Mas sei que a gente vai se dar muito bem. Um dia.
Acho que a gente ainda vai demorar um pouco para se encontrar. Eu sei
que ainda não é a hora de ter você na minha vida e nem eu na sua. Talvez
agora você esteja mais preocupado com a sua carreira, seus
compromissos, sua vida. É, eu também estou nessa. Cuidando do que é meu,
só meu. Para depois cuidar do que será nosso. Digamos que os dois estão
arrumando a casa, deixando, aos poucos, tudo em ordem para receber
visita. A visita que será morada.
Ao mesmo tempo que fico ansiosa em saber
como você é, parece que sempre vejo seu rosto. Seus traços. Em algum
lugar quando fecho os olhos. Engraçado isso. Porque essa ânsia logo é
tomada por alívio. É, alívio em respeitar o meu momento. Em ver que essa
lição foi aprendida. Aliás, não só o meu momento. Mas daquele que não
permaneceu e daquele que não retornou. Eu sei que com você, os ponteiros
vão estar exatamente onde devem. Para um despertar. Ao invés de
disputar, chorar, espernear. Vai ser só abraçar. Porque as coisas boas
vêm naturalmente. Vamos ser apenas duas pessoas dispostas. Dispostas
espontaneamente a ficar.
Eu sei que depois de eu, tu, ele, vem o nós. A terceira pessoa que será singular.
- Natália Mota.
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