terça-feira, 9 de junho de 2015

- A terceira Pessoa...

 Oi, tudo bem?
Você não me conhece e, na verdade, eu também não te conheço. Mas sei que a gente vai se dar muito bem. Um dia. Acho que a gente ainda vai demorar um pouco para se encontrar. Eu sei que ainda não é a hora de ter você na minha vida e nem eu na sua. Talvez agora você esteja mais preocupado com a sua carreira, seus compromissos, sua vida. É, eu também estou nessa. Cuidando do que é meu, só meu. Para depois cuidar do que será nosso. Digamos que os dois estão arrumando a casa, deixando, aos poucos, tudo em ordem para receber visita. A visita que será morada.
Ao mesmo tempo que fico ansiosa em saber como você é, parece que sempre vejo seu rosto. Seus traços. Em algum lugar quando fecho os olhos. Engraçado isso. Porque essa ânsia logo é tomada por alívio. É, alívio em respeitar o meu momento. Em ver que essa lição foi aprendida. Aliás, não só o meu momento. Mas daquele que não permaneceu e daquele que não retornou. Eu sei que com você, os ponteiros vão estar exatamente onde devem. Para um despertar. Ao invés de disputar, chorar, espernear. Vai ser só abraçar. Porque as coisas boas vêm naturalmente. Vamos ser apenas duas pessoas dispostas. Dispostas espontaneamente a ficar.
Eu sei que depois de eu, tu, ele, vem o nós. A terceira pessoa que será singular.

- Natália Mota.

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