terça-feira, 5 de agosto de 2014

- Depois de amanhã...

  Não arranje defeitos em você e nem crie problemas que não são seus. Você terá dias lindos e outros nem tão bons assim, mas o importante é viver e sobreviver a cada um deles. Há sorrisos que não são nada fáceis de sustentar, sempre que possível tente dar fé para suas esperanças mesmo quando seu presente ser mais passado do que futuro, mesmo quando te faltar coragem para insistir no que você quer e não consegue, mesmo quando tudo dar errado como uma reprise de fracassos.
Tome tequila e vergonha na cara! Até quando você vai deixar os outros te desmontarem assim? Tira essa venda do coração, guria! Enxergue o que você sente e deveria deixar de sentir, encare que nada que é real pode ser perfeito.
Quando você se deixa encantar precisa tomar o mesmo cuidado que se deve ter ao atravessar a rua. Nunca se sabe quando uma decepção irá nos atropelar. Eu sei que é mais fácil escrever do que tomar as rédeas das nossas angustias, iludir a si mesmo, quem nunca?
Provavelmente você esteja vivendo dois momentos de sua vida: ou esta feliz por ter tudo ou acredita estar infeliz por não ter o suficiente. Mas, a felicidade se disfarça em detalhes, quando estamos preocupadas demais em viver a vida dos outros ou pior, a ilusão dos outros, não reconhecemos que amanhã pode ser muito melhor.
Que daqui para diante você encontre quem te busca, reconheça quem te quer bem e cuide de qualquer um que se importe com teus sorrisos tanto quanto se importe com as tuas lágrimas. Às vezes não cabe a nós escolher a quem amar, porém só nós podemos manter um amor. Ainda bem que temos depois de amanhã para tentar e nós mesmos para nos amar.

- Luara Quaresma.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

- Aqui Dentro...

  Eu não preciso chorar para mostrar que estou triste. Nem gritar para dizer que sinto dor. Muito menos sorrir para Deus e o mundo para provar que sou feliz. Não preciso aparentar para ser, demonstrar para estar. Meu mundo acontece aqui dentro. E ele não é menor ou maior que o seu: é simplesmente o meu. Ele é meu com todas as letras, ele é meu em cada palavra, com todos os silêncios, com todos os incêndios. Eu ouvi meu choro, eu escutei meu grito, eu senti minha dor e eu gargalhei em paz sem precisar invadir o seu mundo com coisas tão minhas, com coisas tão lindas, com coisas tão findas que se repetem infinitamente: aqui dentro. 
 
- Eu me chamo Antônio.