Tem gente que chega na nossa vida para acrescentar, outras para experimentar, e existem aquelas que a gente não sabe como agradecer por ter sumido. É, você pode achar que é um texto amargo demais, mas aposto que você já quis agradecer alguém por ter sumido da sua vida.
Ele entrou para esse pequeno hall. O
hall daqueles que eu não sei nem como agradecer por ter simplesmente ido
embora. E mesmo deixando rastros, segui o caminho contrário com louvor.
No começo doeu bastante, mas depois que passou o coração de tão vazio,
transbordou. Deve ser por isso que é tão libertador deixar ir até onde a
vista não alcança.
No começo do sumiço é natural querer
saber o que aconteceu, o que você tem de errado, onde você pressionou
demais, ou entregou de menos e obviamente jogar a culpa em quem menos
tem: você. Amor, o problema não é você ou seus defeitos, muito menos o
signo dele, o problema na verdade é ele todo.
Sumir não te torna mais macho, moço! E
fazer a linha: vou dar uma espiada nos snaps dela também não! Se é para
evaporar igual água e sumir nesse mundão de vez, que vá! Sem essa
frescura de voltar todas as vezes que tomar um não lá fora. Peça a bênção e vá com Deus. E olha, não me venha com papinhos ou likes
perdidos em redes sociais. Você era até bem visto por aqui, mas o portão
fechou e sinceramente, aquele encanto todo acabou.
A gente gosta de homem que joga a real,
um sonoro e sincero “não” ao invés de ridículas reticências. Papo reto,
jogo aberto sabe? O mundo modernizou. Ninguém mais precisa de uma
reserva com tantos aplicativos com alvos dispostos a se envolver. É
melhor ser sincero e se garantir com isso, do que simplesmente sumir e
aparecer num domingo a noite qualquer. A gente sabe quem merece cafuné
de domingo e café da manhã na segunda.
E tem mais, já passamos daquela fase de
correr atrás de quem não quer valorizar aquilo que a gente tem de mais.
Se é para ficar junto, que fique de vez. Se for para sumir, que vá sem
vez. Melhor assim, com recado dado e coro sincero. Ninguém aguenta por
muito tempo a ausência de quem nunca foi tão presente.
- Juliana Manzato.