sexta-feira, 19 de junho de 2015

- O Dom De Se Acalmar...

Quando você está em um momento onde até qualquer respiração mal sincronizada é capaz de tirar a sua paz, está mais do que na hora de aceitar o incerto da vida e ir atrás dos encantos que há escondidos em cada falha que guardamos dentro de nós. Parafraseando Los Hermanos: e mesmo que tudo dê errado, mesmo assim, não tem problema. Eu deito no telhado de uma casa qualquer, olho pro céu e invento uma nuvem que chove sorrisos, bem em cima de mim.

Já senti ventanias tão fortes que tive vontade de segurar o teto para ele não voar, e poucas horas depois tudo terminou em brisa. Já ouvi chuvas tão agressivas que dava medo em abrir a janela, mas pouco depois se resumiam em gotinhas tímidas grudadas no vidro. É passageiro, o susto é passageiro. A agonia nos abraça tão apertado que dá vontade de sair por aí salvando o mundo, mas ao abrir a porta já não tem mais perigo nenhum. Tudo depende da importância que você impõe.
Se está ventando muito, não precisa se agarrar ao primeiro cobertor que for ver na frente, aproveite o impulso e jogue alguns sentimentos antigos para serem levados pela direção do vento, junto com o teto se for preciso. Dê tchauzinho e um grande aceno, pois já não te serve mais. Aquele teto já estava aí há tanto tempo mesmo. Vai ver você agora quer morar debaixo das estrelas, acampando em meio ao nada e tendo apenas o balançar das folhas como paredes. Até eu que sou tarja preta aprendi a me acalmar e a respirar ao invés de suspirar. Até eu que sou um caos sentimental aprendi a chover menos em copos d’água. Eu que vivi sempre estufada, sem espaço pra nada de tanto estar cheia de tudo, aprendi a abrir a válvula de escape e esvaziar um pouco. Que mal tem? Passar a vida com o coração acelerado pelos motivos errados é um desperdício de hormônios. Acelera quando algo sai errado, acelera quando não te falam o que queria ouvir, acelera quando alguém vai embora, acelera quando não entendem o que você sente.
Ah, pra quê se esforçar tanto, afinal? Se virou rotina se esforçar ao máximo para acalmar os batimentos, está mais que na hora de tomar uma dose do calmante mais forte já inventado. O santo soberano de qualquer medicamento à venda em farmácia, que não vem com bula, mas é tão fácil de usar que nem é preciso instruções:
Dê um tempo, tome um tempo, não culpe o tempo, sinta o tempo e recupere seu tempo.
O que não pode acontecer é ter tanto medo da vida, e se esconder atrás de tantas chaves. Pois, tudo passa. Eu já me enchi com tantos cadeados, mas poucos segundos depois já não lembrava mais o que estava guardando. Já corri tanto da solidão que quando percebi estava de mãos dadas com ela. Então, parei de correr. Joguei as fechaduras. Abri as janelas. E sorri com o vento. Se funciona? Dia sim, dia não. Mas passa, o dia bom passa, e o ruim também. A chuva é fase, por que eu não seria?
O incerto também tem seu encanto.

- Najara Gomes.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

- Proibido Aceitar Metades...

O caminho até um amor verdadeiro é cheio de labirintos e desafios aqui e ali. Qualquer passo dado fora de ritmo pode acabar em uma queda até o fundo do poço. Quem nunca se sentiu tão vazio que viu em cada oportunidade uma chance de se ver inteiro de novo?
Mas se tem algo pior do que estar vazio, é estar preenchido só até a metade. É ter uma parte do seu coração colorido com o mais vibrante e fluorescente vermelho, mas a outra parte estar completamente sem cor, com o contorno fosco e sem vida. Vivemos em busca da pessoa que irá nos completar, mas para isso acontecer, o outro tem que estar inteiro. Se vier incompleto, não só não nos envolve, como também nos torna ainda mais solitários do que se estivéssemos sozinhos.
Estar com alguém que não se entrega a você com a mesma intensidade é viver de sonhos interrompidos, buscando sempre em detalhes escondidos qualquer sinal de carinho. Mas se é amor, não há motivos para ir atrás desses sinais, pois deveriam estar tão claros de modo que atrás de qualquer "bom dia" é visível o cuidado e qualquer palavra nos faz sentir acolhidos.
Eu já tive tantas noites mal dormidas, já quis abrir meu peito e sair de dentro de mim e procurei em cada abraço alguém que quisesse andar o mesmo caminho que eu. Desejei alguém que me desvendasse e soubesse lidar com cada imperfeição e cada cicatriz que levo comigo. Mas acabei me cansando de ouvir sempre as mesmas histórias, de rir das mesmas piadas e de colocar sempre o mesmo sorriso de canto de boca, fingindo que estou completa. Porque ninguém nunca me completou. Ainda não conseguiram encher as duas partes de mim e mesmo que eu quisesse dizer a mim mesma que não preciso estar cheia, decidi que ninguém vale o esforço das minhas falsas aceitações.
Não digo que preciso de um joelho ralado, de tanto alguém se rastejar, atrás de mim. Porém, digo que não preciso do meu coração apertado de tanto tentar se encaixar onde não cabe. Ficou proibido aceitar metades. Não se pode mais nadar em piscinas rasas, quando dentro de você residem as mais profundas águas.
Se despedir e lidar com a saudade dói menos do que viver com a sensação de que poderia ser mais, de que queria ter mais e que merecia ter mais do que possui. Pode ser que atravessando a rua você encontre alguém que mereça ser convidada a entrar, enquanto isso é melhor guardar todo o seu amor dentro de uma caixinha e deixar a alma respirar.
Não adianta dizer um "adeus" e depois implorar por um "fica". Se a pessoa quer ir, deixe que vá e ainda agradeça por isso, pois ela está deixando um espaço vago para alguém que realmente queira estar ali com você. Eu já quis muito ser o mundo de alguém, já me refiz em infinitas peças com diversas formas só para não correr o risco de não me encaixar em algo. Mas e os meus espaços vazios, quem se refaz para poder completar? Sempre me doei e me doí, mas e quem se doa por mim?
Depois de tantos tropeços e histórias mal resolvidas, escolhi largar de vez os quebra-cabeças. Desisti de tentar montar, entender ou refazer. Pois de tanto aceitar metades, acabei esvaziando o que antes havia de completo em mim. E não adianta, não se pode mendigar atenção de ninguém, não pode viver a vida a mercê de migalhas de afeto ou se esforçar para se incluir onde você não cabe. Para estar completo, é preciso estar com alguém que abra espaço para você entrar. Como alguém que limpa a casa para receber visitas, assim como você se arruma para acomodar alguém dentro do peito. Então, não aceite menos do que seu coração pede.
Os “talvez" os “tantos faz" não me atraem mais. Para que preferir o morno se você pode ter o gelado ou o quente? Eu não quero algo o qual eu me acostume, quero o mais difícil ou mais fácil, nunca o meio-termo. Quero que segure minha mão com força ou que nem chegue a tocá-la. Quero que me ame para sempre ou que nunca diga tais palavras. Quero ultrapassar todos os meus limites, explorar o que nunca antes tenha sido. Quero algo queimando a minha pele ou congelando meus sentidos, mas nunca em uma temperatura confortável. Quero ir de 0 até 100, sem nunca parar no 50. Ou fico onde estou, ou vou até o final. Nada de metades pra mim.

- Najara Gomes.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

- A Geração de Pessoas Que Se Sabotam Emocionalmente...

 Aí você conhece uma pessoa que parece incrível. Vocês conversam sobre tudo, fazem todos os passeios imagináveis, viram madrugadas em confissões e gargalhadas e têm uma química nunca antes vista na história da humanidade. Tudo parece perfeito, até que aquela pessoa começa a sumir, deixando você sem entender o que aconteceu. Você tenta respeitar o espaço, deixa a pessoa respirar, até que um dia, por não entender o que teria acontecido de errado, você chega com a pessoa e pergunta o que houve. E aí ela diz que não tem como continuar porque não quer se envolver.
Você acha aquilo estranho: afinal, se não queria se envolver, então por que dizia que era uma sorte grande ter te encontrado? Se não queria se apegar, então por que dava bom dia todo santo dia? E por que se preocupava em ser uma pessoa tão carinhosa mesmo tanto tempo depois de as primeiras transas terem acontecido? Nada disso faz sentido, não é mesmo?
Você fica sem entender o que aconteceu, vai investigando, até que a pessoa diz ou que teve um/uma ex que deixou traumas ou que gosta muito de um outro alguém, mas esse alguém não sente o mesmo por ela.
Nessa hora, você pode se sentir como se não fosse uma pessoa boa o suficiente para fazer com que esse alguém que você gosta deixe para trás os traumas e o passado.  Você pode sentir um forte sentimento de rejeição, capaz de abalar até a mais inabalável das seguranças. Mas de uma coisa você precisa ter a mais absoluta certeza: tudo isso não é problema seu. Você não tem culpa se a pessoa que você gosta é uma das milhares de pessoas que se sabotam.
Se o outro prefere ficar se sabotando, é problema dele. Se ele não quer se permitir viver uma experiência que seria completamente diferente de tudo o que ele já viveu antes, é problema dele. Você não tem nenhuma culpa ou responsabilidade pelas escolhas das outras pessoas, independentemente de quais sejam elas.
Infelizmente, vivemos em uma geração de pessoas covardes, que se envolvem, mas depois ficam afastando os envolvimentos porque preferem ficar se escondendo atrás dos seus traumas. Eu já fiz isso, você também já deve ter feito. E sabe por que tanta gente faz isso? Porque é mais fácil ficar em uma zona de conforto de auto-piedade, reclamando que os traumas deixaram marcas ou dizendo “Ninguém me ama, ninguém me quer”. Mas tudo isso não é problema seu, amig@: é problema da pessoa. É problema dela se ela só se permite se apegar a sentimentos tão pequenos de mágoa, rancor, egoísmo e pena de si mesma.
Todos nós somos imperfeitos, mas nem as suas piores imperfeições justificam que alguém faça isso com você: se envolva, te trate como se fosse ser algo para valer e depois decida ir embora sem dar explicações. Mas, se essa pessoa quer sair da sua vida, deixe que ela vá embora. Você não merece alguém tão covarde.

Do outro lado da mesa

Agora, se você que está aí do outro lado se identifica com o perfil do covarde, pense no que você está fazendo com a sua própria vida. As pessoas são diferentes. O trauma que você teve com uma não necessariamente vai se repetir com outra. Cada um é de um jeito, e, consequentemente, as experiências que você terá com cada pessoa serão diferentes. Pense em todas as pessoas legais que você deixou passar pela sua vida por esse medo de se envolver. Até quando você vai ficar se sabotando por puro medo?
Eu sei que ninguém está dentro de você para saber o que você está sentindo. Ninguém está aí dentro para saber o quanto aquela rejeição te doeu e você tem todo o direito de sofrer o quanto achar que tem que sofrer. Mas pense comigo: se você não está preparad@ para se envolver, então não prolongue as coisas. Não tenha atitudes que deem brechas para que o outro crie expectativas. Quer beijar? Beije, mas deixe claro que você só quer o beijo. Quer transar? Transe, mas seja sincer@ e diga que você só quer isso. Quer só uma companhia para não se sentir sozinh@? Ok, todo mundo tem suas carências, mas deixe tudo bem claro para a outra pessoa. Será uma escolha dela se ela decidir ficar com você mesmo nessas condições. Mas ela precisa saber o que, de fato, está acontecendo.
O problema não é você viver o seu luto, mas sim iludir a pessoa e sumir do nada, sem dar nenhuma explicação, fazendo com que ela pense que o problema é com ela, que ela fez algo de errado. Seja uma pessoa adulta o suficiente para assumir as consequências dos seus atos.
Inclusive a de talvez, daqui a algum tempo, estar aí se remoendo porque não deixou que a Júlia ou o João entrassem para valer na sua vida e te mostrassem que o presente e o futuro podem ser completamente diferentes do passado.

- Ana Paula Souza.

terça-feira, 9 de junho de 2015

- A terceira Pessoa...

 Oi, tudo bem?
Você não me conhece e, na verdade, eu também não te conheço. Mas sei que a gente vai se dar muito bem. Um dia. Acho que a gente ainda vai demorar um pouco para se encontrar. Eu sei que ainda não é a hora de ter você na minha vida e nem eu na sua. Talvez agora você esteja mais preocupado com a sua carreira, seus compromissos, sua vida. É, eu também estou nessa. Cuidando do que é meu, só meu. Para depois cuidar do que será nosso. Digamos que os dois estão arrumando a casa, deixando, aos poucos, tudo em ordem para receber visita. A visita que será morada.
Ao mesmo tempo que fico ansiosa em saber como você é, parece que sempre vejo seu rosto. Seus traços. Em algum lugar quando fecho os olhos. Engraçado isso. Porque essa ânsia logo é tomada por alívio. É, alívio em respeitar o meu momento. Em ver que essa lição foi aprendida. Aliás, não só o meu momento. Mas daquele que não permaneceu e daquele que não retornou. Eu sei que com você, os ponteiros vão estar exatamente onde devem. Para um despertar. Ao invés de disputar, chorar, espernear. Vai ser só abraçar. Porque as coisas boas vêm naturalmente. Vamos ser apenas duas pessoas dispostas. Dispostas espontaneamente a ficar.
Eu sei que depois de eu, tu, ele, vem o nós. A terceira pessoa que será singular.

- Natália Mota.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

- Sinto Muito Por Você Ter Sentido Tão Pouco...

De amores e dores, todos conhecem um pouco. Porém, mesmo dentro do amor há limites e a ausência corrói o sentimento aos poucos. Parafraseando Caio Augusto Leite: eu gosto de você, mas você erra ao pensar que eu vou esperar para sempre, ao pensar que eu tenho todo tempo do mundo, erra ao pensar que eu não sofro com a sua ausência.
Faz tempo que quero te dizer, só que mais uma você não me ligou e eu tive que guardar para mim. Espero que aproveite o tempo em que seu telefone fica desligado e que lembre bem da sensação de saber que meus dedos digitam seu número, sem resposta, porque um dia será ao contrário. Sei que parece que eu sou incansável e continuarei abrindo infinitas portas até você estar atrás de alguma, mas admito que até mesmo eu estou me  cansando dessas portas vazias. Faz tempo que eu quero te dizer, só que você não respondeu minha mensagem outra vez, então tive que engolir e fingir que não estou perdendo as esperanças em você. Ando pisando em cacos e dizendo que não dói, colocando curativos por cima sem nem mesmo tirar os pedaços antes. Mas esconder tudo isso não está funcionando mais. Você gosta de saber que conseguiu me fazer chegar no limite?
Faz tempo que eu quero te dizer, mas quando comecei a falar você me interrompeu para me lembrar que eu faço tudo errado e que já está cansado dos meus discursos constantes. Mas como está cansado se nem ao menos me deixou começar a falar? Se ao menos parasse para ouvir de vez em quando, entenderia que atrás de mim está um enorme tapete com poeiras varridas, mas que já não tem mais espaço aqui. Já escondi o máximo que pude, poupei tudo o que consegui para não ter que te dizer, só que até minhas falsas aceitações de que está tudo bem, não me convencem mais.
Eu tive que trancar minha porta, pois sabia que se abrisse eu não iria me conter e iria atrás de você para te fazer me ouvir. Mas foi tanto tempo sozinha, encarando as paredes que comecei a me perguntar se você vale mesmo todo esse sufoco.
Faz tempo que eu quero te dizer, só que você me fez chorar antes mesmo de abrir a boca e engasgada assim não daria para te convencer de que nem tudo é sentimento em mim, mas que também há razão em querer que você se sinta como eu sinto. Porém, a emoção me abraça, já faz tanto tempo que estou guardando que já não sei mais como ser racional nisso.
Acontece que já te dei todos os sinais e mostrei diversas vezes que o amor não basta. Eu quis te avisar que minha morada nos seus braços pode não durar para sempre se você não souber me abraçar de volta, mas você não deixou. Você tinha tudo para me ouvir e entender o que se passa aqui, mas você preferiu se isolar e se agarrar a ideia de que eu já estava apegada demais para ir embora.
Faz tempo que eu quero te dizer, mas você me disse outra vez que estava ocupado e depois a gente conversava. Mas o depois nunca chegou e não deu mais para esperar o dia em que você fosse me olhar e realmente me ver.
Eu já não tenho mais tempo para te dizer. Te digo, então, que eu sinto muito por você ter sentido tão pouco e que dessa vez sou eu quem não vai estar atrás de porta alguma que você bater.
Eu já não tenho mais tempo algum. Tenho pressa em sair desse sufoco. Só posso terminar dizendo que eu sinto muito, só que dessa vez não sinto por mim, sinto muito por você.

- Najara Gomes.


sábado, 6 de junho de 2015

- Amor e Felicidade em Tempos de Imediatismo e Egoismo...

E nesse frenesi escolher alguém acaba sendo fácil demais, rápido demais. Com isso, é inevitável não se magoar e, são dessas mágoas que surge o receio de amar outra vez, de se magoar outra vez. Mas percebem? A culpa é inteiramente nossa por sermos tão imediatistas, por conta disso, acabamos fechando portas para outro relacionamento futuro e aderindo ao tão aversivo desapego.
 Vivemos em uma época pós-moderna onde se faz presente a dificuldade de manter um relacionamento durável. Tudo é muito líquido e passageiro. Somos inimigos da solidão, porém, ostentamos o desapegado a quem queira ouvir. Aprendemos que obrigatoriamente precisamos ficar por cima em uma relação. Aprendemos que para se sair bem é preciso pisar no outro, e pisar forte. É aquela velha história do pisa-que-ele-gruda. O amor que antes era caracterizado com mãos dadas, perfume de rosas e músicas românticas exalando nas janelas, hoje virou texto no facebook, legenda no instagram e superficialidade.
A ansiedade é um problema nesses casos. Estamos expostos cotidianamente a milhões de informações, de pessoas, de comentários e fotos aparentemente radiantes de relacionamentos cheios de maquiagem. E nesse frenesi, escolher alguém acaba sendo fácil demais, rápido demais. Com isso, é inevitável não se magoar e, são dessas mágoas que surge o receio de amar outra vez, de se magoar outra vez. Mas percebem? A culpa é inteiramente nossa por sermos tão imediatistas, por conta disso, acabamos fechando portas para outro relacionamento futuro e aderindo ao tão aversivo desapego.
É preciso aprender a se doar. Aprender a se arriscar. Não estou falando de depender totalmente de alguém pra ser feliz, longe disso, até por que depositar no outro as expectativas de ser feliz significa ampliar o espectro do egoísmo a ponto de achar que o outro deve fazer você feliz. Ser ou estar feliz é um exercício diário e depende de muitos outros exercícios para funcionar tais como: se perdoar, perdoar, amar e, principalmente, SE AMAR. A felicidade é responsabilidade própria, cabe a cada qual entender que só se pode fazer outra pessoa feliz se você está feliz. Estamos diante de uma sociedade doente, doente de 'não amar'. Por mais que estejamos cansados, vivemos numa busca quase que existencial por algo que nos faça minimamente feliz. Temos medos constantes e alegrias rasas. Se soubéssemos que a vida é só um breve sopro do universo, viveríamos mais, amaríamos mais e odiaríamos menos. O perdão é uma dádiva do forte. Então aproveite cada minuto, porque ninguém sabe o que vai acontecer nos 5 minutos seguintes. Faça aquele telefonema, peça desculpas para quem você magoou, diga que ama a quem você ama. Aqui, todos estão de passagem e não devemos contar com o amanhã para lidar com os fantasmas de hoje.

- Maikey Oliveira.